
Eu já não tinha mais tantas escolhas e os laços que prendiam-me não eram tão fortes quando pensavam eles, os tolos que tentaram acorrentar-me. Eu queria ir mais longe. Não aceitaria aquelas palavras calado. Minha voz podia ser ouvida como gritos enternecidos.
Decidi parir-me livre e seguir sempre em frente. Fluido que corre pra não sei onde. Céu alaranjado, paredes de reboco, solo fértil que adubei. Canções de mar balançando-me feito barco embriagado e levando-me por onde for. Ares de festes sorrindo-me na ida. Vez ou outra pedras atiraram-me.
Hoje continuo a garimpar pequenos grãos de coisas minhas. Coração vaga-bundo que abraça-dor. E amanhã quando sol me beijar, avanço às cegas. Voando.
Mazes
Um comentário:
simplesmente adorei esse texto!
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