28 janeiro 2009

Me leve para além do céu

"Se o coração disparar Quando eu levantar os pés do chão A imensidão vai me abraçar E acalmar a minha pulsação Longe de mim Solto no ar Dentro do amor" -Arnaldo Antunes

26 janeiro 2009

As vezes sinto vontade de voltar aos velhos sonhos. Aquelas mesma viagens que eu planejava executar... Aquelas LOUCURAS todas que eu dividia com vocês. Montar uma SOCIEDADE ALTERNATIVA??? Um dia ainda consigo! Josimar Souza- Mazes, o pensador

23 janeiro 2009

A medida do abismo Não é o grito A medida do abismo? Por isso eu grito Sempre que cismo Sobre tua vida Tão louca e errada... – Que grito inútil! – Que imenso nada
Vinícius de Morais

20 janeiro 2009

Todas as avenidas
Saudade! O vento me oferece a mão, mas eu não percebo. Eu me rasgo em pensamentos cinzas. Eu sempre a espera do teu aceno, do clarão do teu sorriso, da tua vontade de ficar um pouco mais. A resposta contida que não vem... Falta! De onde vem esse vazio sem fim que hoje se instalou em meu peito. Hoje eu quis te buscar na avenida. Quis te falar daquelas coisas todas que ficou pra outro dia, lembra? Você prometeu! Espaço!Pelo menos eu quis... Quis te ter mais perto, te olhar mais uma vez. Em que rua você se perdeu de mim? Em que labirinto eu fui te buscar?

Josimar Souza - Mazes, o pensador

19 janeiro 2009

Quem bater primeira dobra do mar Dá de lá bandeira qualquer Aponta pra fé e rema É, pode ser que a maré não vire Pode ser do vento vir contra o cais E se já não sinto teus sinais Pode ser da vida acostumar Será, Morena? Sobre estar só, eu sei Nos mares por onde andei Devagar Dedicou-se mais O acaso a se esconder E agora o amanhã, cadê? Doce o mar, perdeu no meu cantar Só eu sei Nos mares por onde andei Devagar Dedicou-se mais O acaso a se esconder E agora o amanhã, cadê?
Los hermanos -Dois barcos

07 janeiro 2009

O observador do mundo

O cheiro do novo ano me traz a calma de já haver passado tantos invernos encolhido debaixo do meu cobertor. A calma que nem sempre habita meu ser. ... O gosto pelo azul... É inexplicável o meu talento pelo azul, e como se a vida fosse um eterno solo de sax, pinto minhas paredes, meus romances,
minha ansiedade e falta, esse vazio de não saber morar em meu interior. O acúmulo das partidas... as pessoas ciganas que chegam com a mesma velocidade que vão embora. -O azul é tão sonoro! Falo com o sorriso dos puros, dos que aderem a pureza por não saberem ser hostil. Mas a melodia que acompanha meus passos já deixa no ar o talento para a sabedoria. Cada um sabe da coerência de suas ações. É uma sensação sublime a do tempo passando. É majestoso perceber que o tempo não é composto de um simples e puramente tiquetaquear dos ponteiros de um relógio. Ele passa, há toda uma magia por trás das horas.
-O mundo se faz e desfaz em fragmentos de esperança. Eu desabafo! As horas vão passando e o tempo se revela no perfeito caminhar do senhor de idade que empurra a bicicleta marrom pela ladeira. A ladeira de barro dizem que finda. E todos sabem que ela tem nome e sobre nome. Páro atrás do senhor e fico estático a observá-lo. Ele já enxergar em cinza um enorme letreiro que se lê “talento à vida”. É lá que ele anseia chegar. O aparente cansaço de seus passos deixa em mim um olhar perdido e intrigante. A esperança vai com ele... E nos meus dias de ausência e vazio ele é meu ponto de referência nessa humanidade confusa. O senhor, que agora sei que se chama alguém, me olha bem profundo e me interroga. -Qual é o encanto que te move por esse mundo à fora? Penso no que vou falar... -O encanto que me move é a saudade! Saudades daquele olhar que há tempos não vejo e que sei que ainda espera por mim. Josimar Souza - Mazes, o pensador