22 julho 2009

E como se todo o peso do mundo fosse meu




E como se todo o peso do mundo fosse meu, joga-me na cara palavras áspera, supondo que eu aprenda a lidar com elas e por conseqüência, possa crescer e acha que está me ajudando. Muito terapêutico da sua parte. “O amor e suas cicatrizes...” É muito fácil pedir desculpa. Muito simples admitir que foi sem querer ou força do momento, mas a ferida que dói é em mim. A dor que lateja é em meu peito. Foram em mim que as pedras foram atirada e eu com minha mania sem graça de bancar o bom moço, o educado, o centrado, não joguei de volta essas verdades em você. A vida às vezes tem a mania de supor que a gente é sempre forte. Vem com essa história de que tudo passa, que o tempo cura, que o amor é mais. Acredito mesmo na força dessas palavras, mas quem falou que eu não posso querer cair? E que lei me diz que amanhã eu não possa querer ficar na minha, sem entender ou sem ligar para o lado complexo da vida? Tem dias em que eu preferia ser um ignorante e analfabeto... ignorar o monte de livros e textos sobre Psicologia que tenho em meu quarto. Tem dias em que Freud não me esclarecer nada. Muito longe da gripe SUINA ou a guerra do Iraque, o mal do século é mesmo a solidão. Converso com amigos e pessoas próximas e percebo o quanto nossas vidas tendem a ficar a cada dia mais vazias. Infelizmente sinto que estamos apontando para o foco errado. Indo em direção ao precipício achando que chegaremos ao Nirvana. Estamos a mil correndo atrás de novas tecnologias e grandes descobertas medicinais, mas estamos retrocedendo e voltando a uma unidade assustadora. Não é aquela unidade onde os seres humanos voltam ao seu ponto inicial e encontram com seu criador. É uma unidade demarcadora, território proibido para visitações, onde cada um de nós quer seu espaço para fazermos nossas descobertas internas, mesmo que o preço dessa conquista seja bloquear a entrada do nosso mundo com escritos espalhados em letras de forma: INTERDITADO!.. Ultimamente sei que estou caminhando para isso. E mergulhado na minha arrogância tenho afastado os que me querem bem. Acho-me o máximo dos máximos e vou guinando assim meus dias em meu mundinho. Você querendo entender as coisas da vida e me diz que é melhor assim. A mágoa é grande e grande também é a tristeza , porque sendo eu na minha solidão ou você na sua, ambos perdemos a chance de nos pertencer. Correndo atrás de explicações profundas nos perdemos na simplicidade das coisas. E nesse mundo onde você resolveu se esconder eu não agora não quero entrar. “Acho que você não percebeu que o meu sorriso era sincero!” 

Mazes

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