10 junho 2009

E as palavras fogem

Confesso que estou com medo... Ainda não consegui agrupar minhas idéias e conceitos sobre essa nova fase. Sentimento estranho esse tal do medo. Pior ainda é não saber qual o monstro que está me assustando. Eu que sempre amei o movimento, as andanças da vida, agora pareço estar calçando sapatos gastos e nenhum fragmento que eu escreva aqui vai representar o que estou sentindo. A tinta falha no papel e as palavras fogem de minha mente. Teria que me virar pelo aveso e entrar no profundo do meio interior pra poder me traduzir, mas isso daria uma trabalho tamanho, além de levar muito tempo e mesmo assim alguém ia me dizer: "Eu não entendi nada!"... como cantou o Lenine eu seria "O ultimo homem no dia em que o sol morreu". Apenas vou aprendendo que não terei todo o tempo da vida para tais coisas. Mais um copo por favor, de água, é claro! Integridade. Ando dispensado alterações. Por isso tento ainda aproveitar as coisas simples da vida e que me parecem demasiadamente passageiras. Ah, como eu gostava dos dias de chuva. Talvez uma casa de campo me fizesse bem. E um pão bem quentinho com manteiga. Talvez ouvir o CD de Jamie Cullum me traga algo de bom e novo. O jazz me acalma. É tempo para aprender que não sou o senhor da razão. Olho o céu e percebo a levesa da vida, que de tempos em tempo vai mudando. "Ultimamente eu tenho me deixado ir" Um feriado dia 11? Talvez... quem sabe um dia inteiro em casa, na cama, enrolado com minha folhas de papel A4, eu consigua me reler. Mas preciso confessar que neste mundo de pessoas ordinárias, extraordinárias pessoas, estou feliz, porque você existe. Acredite. Acho que o tempo me chama. Espera, vamos sair juntos! Josimar Souza - Mazes, MENINO VOA D O R