30 julho 2009

Me leve para passear por aí
Por dentro? Sinceramente, estou correndo para não responder essa pergunta, mas sei que é preciso parar para pensar um pouco em certas coisas e principalmente na minha vida. A gente corre pensando que fica melhor assim, mas na verdade a bagunça continua a mesma, implorando por arrumação. Não queria ter que entrar numa de podar o jardim, mas é que se faz urgente que eu determine um novo caminho e um novo jeito de caminhar. Ir levando essa vidinha assim não dá mais. Nem mesmo a mim tenho conseguido convencer com essa história de: estou na paz! Eu não estou em paz, nem com os outros, nem comigo mesmo. Ta tudo muito confuso e complexo demais para a paz se aproximar com sua esplendorosa cor. Confesso não saber por onde começar. Ando cansado de não conseguir conduzir minha própria vida, mas a verdade é uma só e preciso admitir: Eu não sei o que fazer! Se existe mesmo vida em Marte, que alguém, por favor, me leve para passear por aí porque aqui a coisa ta feia. “Sempre me dizem quando fico surdo: ele é um homem e entende tudo!” Ta, tudo bem! Digamos que eu já seja um homem, mas eu nem sou tão homem assim. E quem falou que ser adulto é fácil? Nem vem com essa de que amanhã é outro dia, essa não cola mais. Já nem sei com me classificar. Talvez velho? Acho que ainda não! Valei-me Gandhi! “Eu quero um antídoto pra viver melhor“. O celular não toca faz dias. Dá vontade de jogar na parede. É isso mesmo! Podem dizer que é frescura, pra mim tanto faz! Só eu sei como eu estou. Sinto minha solidão a flor da pele e vivo de bicos me fazendo de fácil. E o amor está em mim. Ele dorme e acorda em meus braços e quase sempre esta em minhas mãos, se oferecendo feito cachorro vadio para os que passam na rua. Vive de fazer graça e quase sempre transforma meu peito em festa popular. Ele é meu e já o emprestei diversas vezes, mas nem sempre o céu está para passarinhos, não é verdade? O trago de volta para pertinho de mim se eu percebo o perigo, porque o amor que existe e mim é meu. Desculpe minhas frases loucas, mas elas são o que chamam: essência. É tudo o que eu sou: amor da cabeça aos pés, até a beira. E mesmo assim, estou sozinho. Preciso confessar, porque hoje eu sei que isso acontece com todas as pessoas. Podemos até tentar convencer a nós mesmo e aos outros de que estamos em busca de acúmulos materiais, poder e tal, mas no fundo o que nós queremos mesmo é algo simples e puro: o amor! Essa é a busca primordial da humanidade. Queremos encontrar o outro para que em fim possamos levar a vida na paz que desejamos profundamente, e eu que por tanto tempo fugi dele, agora peço para que me encontre e que não demore a chegar. Porque a vida hoje me parece curta demais e meu mundo precisa sim de alguém que chegue, me encare de frente e dê um jeito nessa desordem. Vem depressa, eu já deixei as janelas abertas para você entrar! Josimar Souza – Mazes, o pensador

29 julho 2009

Ma Memoire Sale - Les Chansons D'Amour

23 julho 2009


"Não sei se o acaso quis brincar"
Me deu vontade de voltar. Difícil pra mim admitir a saudade depois de mais uma vez ter decidido colocar um ponto final nesta minha história de amor ímpar, onde só existe amor em um lado da ponte. Mas hoje a força desse sentimento chegou rasgando tudo de dentro pra fora, expulsando a ponta pé toda saudade que eu tenho e que ficou acumulada nestes últimos meses. Fecho as janelas e a cortina branca que comprei especialmente para dias assim: frio, calmaria e silêncio profundo. Ascendo a luz e sento-me no sofá, encarando de frente minha TV, que pra variar, não me diz nada. “A televisão sem som já é um bonito quadro.” Alguém que não me Lembro bem o nome cantou isso uma vez. É hora de acordar, eu sei. Passei um tempo na serenidade e busquei na base da esperança construir um novo percurso, dessa vez sem te trazer comigo de bagagem. Tentei, mas o tempo que custava a passar resolve finalmente adiantar seus ponteiros e me levar com ele. Me levou e agora me traz de volta a estaca zero. E com a cara lavada me diz: quem ama, espera! Mas enquanto espero, quem vai enfeitar meus dias de festas e de confusões? “Não sei se o acaso quis brincar ou foi a vida que escolheu” Só gostaria que algumas das minhas perguntas tivessem respostas. Gostaria de saber por onde anda você... O que pensa nessa distância? Será que se alimenta bem? Que dorme cedo? Que reza antes de dormir? Será que encontrou alguém pra dividir o cobertor? “Onde estou eu? Onde está você? Estamos cá dentro de nós?”
 
 Mazes

22 julho 2009

E como se todo o peso do mundo fosse meu




E como se todo o peso do mundo fosse meu, joga-me na cara palavras áspera, supondo que eu aprenda a lidar com elas e por conseqüência, possa crescer e acha que está me ajudando. Muito terapêutico da sua parte. “O amor e suas cicatrizes...” É muito fácil pedir desculpa. Muito simples admitir que foi sem querer ou força do momento, mas a ferida que dói é em mim. A dor que lateja é em meu peito. Foram em mim que as pedras foram atirada e eu com minha mania sem graça de bancar o bom moço, o educado, o centrado, não joguei de volta essas verdades em você. A vida às vezes tem a mania de supor que a gente é sempre forte. Vem com essa história de que tudo passa, que o tempo cura, que o amor é mais. Acredito mesmo na força dessas palavras, mas quem falou que eu não posso querer cair? E que lei me diz que amanhã eu não possa querer ficar na minha, sem entender ou sem ligar para o lado complexo da vida? Tem dias em que eu preferia ser um ignorante e analfabeto... ignorar o monte de livros e textos sobre Psicologia que tenho em meu quarto. Tem dias em que Freud não me esclarecer nada. Muito longe da gripe SUINA ou a guerra do Iraque, o mal do século é mesmo a solidão. Converso com amigos e pessoas próximas e percebo o quanto nossas vidas tendem a ficar a cada dia mais vazias. Infelizmente sinto que estamos apontando para o foco errado. Indo em direção ao precipício achando que chegaremos ao Nirvana. Estamos a mil correndo atrás de novas tecnologias e grandes descobertas medicinais, mas estamos retrocedendo e voltando a uma unidade assustadora. Não é aquela unidade onde os seres humanos voltam ao seu ponto inicial e encontram com seu criador. É uma unidade demarcadora, território proibido para visitações, onde cada um de nós quer seu espaço para fazermos nossas descobertas internas, mesmo que o preço dessa conquista seja bloquear a entrada do nosso mundo com escritos espalhados em letras de forma: INTERDITADO!.. Ultimamente sei que estou caminhando para isso. E mergulhado na minha arrogância tenho afastado os que me querem bem. Acho-me o máximo dos máximos e vou guinando assim meus dias em meu mundinho. Você querendo entender as coisas da vida e me diz que é melhor assim. A mágoa é grande e grande também é a tristeza , porque sendo eu na minha solidão ou você na sua, ambos perdemos a chance de nos pertencer. Correndo atrás de explicações profundas nos perdemos na simplicidade das coisas. E nesse mundo onde você resolveu se esconder eu não agora não quero entrar. “Acho que você não percebeu que o meu sorriso era sincero!” 

Mazes

21 julho 2009

Mazes- LABIRINTO em inglês

20 julho 2009

Quero a liberdade absoluta e tudo que tenho direito ao meu dispor

Agora vai ser assim... Quero que seja assim! Resolvi amplificar tudo de uma só vez. “E se antes um pedaço da maçã, hoje eu quero a fruta inteira.” Não se aproximem, posso mesmo até morder. Quero a liberdade absoluta e tudo que tenho direito ao meu dispor. Eu to chegando com tudo e afim de ficar quieto na minha por tempo indeterminado. Vou botar ordem nessa bagunça e prefiro mesmo fazer a faxina sozinho. Não me peçam pra manter a calma, eu já estou com ela. Ela já está em mim e quero desfrutá-la nos seus mínimos detalhes. Vou começar a desclassificar tudo o que classifiquei. Vou querer fazer tudo diferente do que fiz até agora. Andei por caminhos tortos e agora acertei o passo. “Prefiro andar sozinho como sou!”
Josimar Souza- Mazes, o pensador

15 julho 2009

Penso em voz baixa, para que o perigo não me escute
O tempo que me foi dado está há um passo de se esgotar e eu ainda não recolhi todos os cacos que espalhei no meu céu. Agora até minhas miniaturas me atormentam pedindo que eu lhes dê seus respectivos valores. Confesso: não sou bom de organização, meu talento é outro. Prefiro causar terremotos. Embora, muitos digam que minha sala de trabalho sempre foi uma das mais impecáveis em termo de organização. Mas no campo complexo que é minha vida, nem ao menos consigo separar meus amores pelo tom da voz. Alguém me diz hoje que a violência vem crescendo demasiadamente. E pude comprovar isso na pele. Quase morro de susto hoje à noite. Resolvi visitar uma amiga que morar algumas quadras da minha casa e decidi ir caminhando até lá. Arrumei-me inteiramente, quase pus beca, só pra sentir o sabor e cheiro das ruas nos dias de inverno e frio profundo. Na metade do cominho tenho a sensação de estar sendo seguido por uma sombra que me deixa intrigado. Sem muita paciência e sem coragem olho para trás e encaro aquele rosto aparentemente desconhecido. Aparentemente. [risos]. Descubro que o possível assaltante na verdade é um conhecido meu que me olha e diz: ainda bem que não é só eu que ando assim, às pressas! [caímos no riso, eu e ele.] A cidade anda violenta, eu digo. Ele concorda e sorrir. “Eu sei, todo ser humano pode ser um anjo!” Encontrei uma companhia, eu pensei. Na verdade não é preciso muita filosofia ou convocar uma bancada de especialistas e doutores para entender como nossas vidas estão mudadas. Vivemos sim a sombra do medo e do espanto. Tudo se move as pressas. A violência explode nos lugares mais calmos e acolhedores. Não falo só do risco de perder algo material, mas me dói também a sensação do medo. Andar nas ruas sempre com olhos de sentinela. Não dá mais pra olhar para o nosso percurso. Estamos sempre pensando o que pode nos acontecer na próxima esquina. Será que chegaremos ao próximo poste de luz com vida? Complicada essa vida onde a correria dos nossos pensamentos não tira um instante de folga, não passeia pelo que é belo na cidade, nem nas coisas simples da vida. Tudo é digital e custa caro. Segurança está pela morte. Terei que blindar meu barraco? Penso eu em voz baixa, para que o perigo não me escute. Estou ausente da paz que sempre almejei. Esperava um pouco mais da vida de adulto. Eu quero ter barba! Eu dizia em casa pra minha mãe. Quando eu fizer 18 anos vou ser livre... Fazer o que eu quiser. Liberdade atrás das grades do portão da minha casa? Fica difícil, não é? Preciso me concentrar! Ainda me resta milésimo de segundos, tenho que aproveitá-los e juntar minha coisinha e tomar uma difícil decisão. Preferia mesmo não ter que decidir. Tô com medo das conclusões! Socorro! Alguém me ajude! “Quero caminhar descalço e escrever no chão!” Josimar Souza-Mazes, o pensador

12 julho 2009

Não quero mesmo sair, to bem no meu cantinho

Queria estar no centro. Voltar a ter aquele brilho de esperança e alegria quem faziam de mim um ser especial, coberto de luz. No meu tempo de criança era mais fácil sorrir. A gente cresce na esperança de que um dia as coisas serão melhores, mas aos poucos algo que antes era essencial para nós vai se esvaziando e tudo que fica é um não saber pra que lado foi a vida. A ingenuidade de acreditar que Papai Noel não esquece ninguém. O medo do bicho papão e sonho de conhecer a Disney. A idéia ilusória, porém mística, de que as nuvens eram feitas de algodão. Ás vezes não é que dava vontade de pegá-las com a mão direita. Lembro-me bem como era fatal se algum amigo querido tivesse que deixar a escola e fosse morar em outra cidade. Hoje? Acho que já me acostumei com o que é passageiro e o que costuma não durar. Será que a vida é mesmo isso, meu Deus? Ir levando a vida relembrando com nostalgia o tempo passado, para que tenhamos algum motivo para acordar no dia seguinte? “De certo que a gente perdeu toda aquela magia!” O vento que hoje insiste em não entrar pela porta da minha casa e nem nas brechas do meu telhado me deixa à margem do mundo lá fora. Não quero mesmo sair, to bem no meu cantinho. Resolvi curtir esse meu instante a sós comigo mesmo, pra saber se assim, sem a presença de outro ser, eu consiga me perceber e aprender um pouco mais sobre meu eu. Quem sabe eu consiga me desprender desse outro mundo que eu construí para esperar por algo ou por alguém, que pelo que espalham por ai, não vai nunca chegar. E como sair? E como jogar no lixo tudo o que acumulei e cultivei durante todo esse tempo? Anos a fio me dedicando a estruturar em mim um canto confortável e acolhedor para oferecer. Ou será que todos estão enganados e eu devo realmente continuar a esperar o que ainda não veio? Ouvindo John Frusciante - Time Tonight e pensando o que fazer para conduzir minha vida. Vou levando assim... Por enquanto, é tudo o que está ao meu alcance. “Eu não sou maior que o mar!”
Josimar Souza- Mazes, o pensador

03 julho 2009

"Nada me segura... tenho o mundo a meus pés e nas mãos só ternura"