“Vou andar, vou voar pra ver o mundo. Nem que eu bebesse o mar encheria o que eu tenho de fundo” Minha ceder por amor, minha busca incansável e inacessível por coisas fugitivas. O medo do escuro e da confusão que me faz o preto sobre o branco. O copo em minha frente cheio de água e eu com a cabeça tonta. Quem dera fosse embriaguez, quem dera fosse o efeito das drogas ilícitas que circulam nas altas e nas baixas rodas da sociedade. Quem dera fosse resultado da noite mal dormida ou a minha preocupação com as contas que tenho que pagar. Quem dera fosse noite. O azul me encanta, mas hoje eu não quero essa camisa. Não a mesma camisa que você elogiou. O tempo voando e eu andando em círculos. Cálculo inexato que faço das minhas rotas. Estrada velha e deserta por onde decidir andar, agora sozinho, sem a ilusão de receber tua mão no meio de um oásis. As paredes pintadas com cores claras, o cabelo encaracolado que a ciência ajudou a desenhar. As variedades dos livros de Psicologia que nem tenho tempo de ler, mas sei que preciso, o CD de Oswaldo e o Dvd dos Titãs e pára-lamas num show inesquecível, guardados na minha mochila. E se alguém resolve me assaltar outra vez? Que levem tudo menos o único CD original que tenho do Oswaldo. Que levem minha identidade, já me acostumei. O tempo está sempre a levando e trazendo de volta temporariamente feito pipa de papel. Feito nuvens passageiras esculpidas lá no alto chamado céu. “Existe um céu labirinto”. A cabeça ainda gira tal como um pirocóptero que eu tive na minha infância que agora percebo se faz distantes de tudo o que sou. Saudades dos brinquedos...Saudade da criança que eu era. Mas o tempo não anda para trás e os dias seguem em frente arrancando de nós tudo que acreditamos ser infinito. E com olhos molhados de ternura eu arrisquei dizer:
-Mesmo de olhos fechados eu te reconheceria. Eu te vi do meu lado, mas preferi sentir tua presença em silêncio. Abraço maior que o mundo! “E o mundo inteiro se perdeu num arrepio sutil.” Gritei para os ventos:
-Te espero!
“Quem vai te abraçar? Me fala, quem vai te socorrer quando chover e acabar a luz? Pra quem você vai correr?”
Josimar Souza –Mazes, o pensador
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